COMENTÁRIO 1
Durante os anos de 1994 ate o ano de 1997 foi produzido um programa chamado “Castelo Rá-tim-bum” voltado para o público infantil até o público adolescente. O programa era estilo uma série que contava a história de uma família de bruxos (tio Vitor, ia Morgana e o sobrinho Nino) que moravam em um castelo (por isso o nome). Nino tinha três fieis amigos (Biba, Pedro e Zequinha) que o visitavam todos os dias, e juntos participavam de grandes aventuras. O programa era muito interessante, pois de uma forma bem educativa e intrigante estimulava as capacidades cognitivas que estão em desenvolvimento, principalmente durante a infância. O programa tinha diversos quadros inclusos durante o episódio, como, por exemplo, “Tibeo e Perônio” que eram dois irmãos que faziam experiências e desmistificavam varias hipóteses, alem de outros como, “aprendendo a tomar banho”, ”passarinhos (instrumentos musicais)”, “aprendendo a lavar as mãos”, quadros sobre, culturas diferentes, e curiosidade. O público tinha uma enorme aceitação, inclusive os adultos. A linguagem era de extrema simplicidade facilitando assim o entendimento de todos que o assistiam.
Por Bruna Bru
COMETÁRIO 2
"Senta que lá vem história..."
Acho que não há uma só pessoa que, nascida entre o fim da década de 80 e o início da de 90 (como eu), não tenha ouvido falar do consagrado programa infantil Rá-tim-bum. Produzido pela Cultura entre os anos de 1989 e 1992, e sob a direção de Fernando Meirelles (é, aquele de Cidade dos Homens), o programa evocava a interatividade na maior parte de seus quadros, quando nos colocava na posição de alunos de um certo professor Tibúrcio (vivido por ninguém menos que o líder do atual CQC, Marcelo Tas), ou mesmo quando nos enfiava no gigante quarto de Nina para ouvir suas histórias e queixas, como um amigo imaginário de que ninguém, exceto ela, tem conhecimento. Isso deixava em mim a sensação de que havia contribuído ao menos um pouco para o desenrolar das tramas. Afinal, eu sentia que era diretamente para mim que falavam os Contadores de Histórias, ao emprestarem vida a objetos inanimados, e me sentia pessoalmente desafiada com os questionamentos da Esfinge.
Em minha opinião, tratava-se de um pacote completo: ao passo que procurava manter esse diálogo com os telespectadores, mantinha seu foco em temas de grande importância para as crianças em idade escolar, seu público alvo: alfabetização, noções de ciências, respeito, todos envoltos em uma série de efeitos sonoros, chamadas (como aquela, tão conhecida, que serviu de título a esse post), cores e imagens capazes de ganhar a atenção do mais desinteressado ouvinte.
Reconheço, sem qualquer embaraço, que este é um programa que me remete à uma época boa, quando aprender parecia mais descomplicado, e quando colocar-se em frente a televisão não exigia, de uma criança, tantos filtros e criticidade. Sem dúvida alguma, fez parte de minha infância.
Por Renata Nogueira de Medeiros.