domingo, 16 de setembro de 2012

Indigesto mas POTENCIALMENTE instigante

Aqui em casa temos visto a série Breaking Bad na mesma regularidade que os personagens do filme fazem e consomem o cristal azul. Estamos viciados. Os episódios são densos, tratam dos valores politicamente corretos sob uma ótica torta e integralmente reais. Ousa dizer aquilo que ninguém diz. Afinal quais as fronteiras do lícito e do ilícito? Afinal o quanto de maldade existe naturalmente dentro de cada um de nós e o que faz com que usemos ou não esta maldade? As temporadas são artisticamente organizadas (sim, isso é arte) de maneira a causar no telespectador repulsa, curiosidade e "dependência". Assim, ficamos sempre ali a espera do que está por vir. Os personagens são maravilhosos em sua complexidade (e a interpretação dos atores torna a coisa ainda mais bonita). Embora a temática seja indigesta e haja muito sangue e violência, é uma espécie de exercício para o cérebro, ou quem sabe um saboroso alimento. O percurso discursivo é tudo menos linear. O pensamento de quem assiste é convidado a caminhar livre e temeroso pelas cenas em que questões éticas e comportamentais são propostas, como quem caminha em uma casa enorme, cheia de quartos e passagens secretas. A gente nunca sabe onde cada caminho vai dar e quem vamos encontrar pelo caminho. Comentem!!

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